Infraestruturas desadequadas e baixa literacia são uma barreira à telessaúde
por Teresa Mendes | 05.06.2019
«Barómetro da Adoção da Telessaúde no Sistema de Saúde»
A telessaúde é uma prioridade para os administradores hospitalares, desempenhando «um papel muito importante na monitorização remota de doentes crónicos» e na «colmatação da falta de resposta» das unidades de saúde. Contudo, as infraestruturas existentes desadequadas e a baixa literacia nesta área são uma barreira para que isso aconteça.
Estas são algumas das conclusões do primeiro «Barómetro da Adoção da Telessaúde e Inteligência Artificial no Sistema de Saúde», promovido pela Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), apresentado esta terça-feira, em Lisboa.
O barómetro – que contou com a colaboração da Glintt – Global Intelligent Technologies, uma parceria da Escola Nacional de Saúde Pública e o apoio institucional dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde – disponibilizou um questionário online, entre 15 de abril e 6 de maio, a todos os profissionais a exercer funções de topo nas diversas entidades do sistema de saúde público e privado.
Das 36 respostas válidas, 24 foram de hospitais do Serviço Nacional de Saúde (o que representa 48% do universo dos hospitais do SNS).
A telessaúde é uma prioridade para os administradores hospitalares, desempenhando «um papel muito importante na monitorização remota de doentes crónicos» e na «colmatação da falta de resposta» das unidades de saúde
De acordo com os resultados, que o Público antecipou, «53% dos administradores consideram que a implementação da telessaúde é uma das prioridades da sua instituição», 96% referem «que ajuda a colmatar a falta de resposta» das unidades de saúde e ainda que o recurso a este sistema «promove uma melhor gestão da doença por parte dos doentes». Também para 96% dos administradores «a telessaúde desempenha um papel muito importante na monitorização remota de doentes crónicos».
O barómetro revela ainda que 87% dos hospitais do SNS que responderam ao inquérito têm pelo menos um projeto nesta área, sendo a maioria telerrastreios e teleconsulta.
Quanto a barreiras na adoção da telessaúde, as infraestruturas tecnológicas desadequadas representam 61% das respostas, seguindo-se a baixa literacia nesta área e a falta de motivação dos profissionais.
Já os projetos de inteligência artificial ainda não chegaram a metade das instituições de saúde em Portugal (apenas 47% das instituições afirmam ter projetos nesta área).
No top 3 dos projetos em fase piloto ou implementados estão iniciativas relacionadas com a transcrição de voz, agendamento de consultas ou cirurgias e interpretação de informação dos processos clínicos.
Mais uma vez, a falta de infraestruturas adequadas é apontada como uma barreira, bem como a ausência de cientistas de dados.
19tm23g
04 de Junho de 2019
1923Pub3f19tm23g
Publicada originalmente em www.univadis.pt
Estas são algumas das conclusões do primeiro «Barómetro da Adoção da Telessaúde e Inteligência Artificial no Sistema de Saúde», promovido pela Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), apresentado esta terça-feira, em Lisboa.
O barómetro – que contou com a colaboração da Glintt – Global Intelligent Technologies, uma parceria da Escola Nacional de Saúde Pública e o apoio institucional dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde – disponibilizou um questionário online, entre 15 de abril e 6 de maio, a todos os profissionais a exercer funções de topo nas diversas entidades do sistema de saúde público e privado.
Das 36 respostas válidas, 24 foram de hospitais do Serviço Nacional de Saúde (o que representa 48% do universo dos hospitais do SNS).
A telessaúde é uma prioridade para os administradores hospitalares, desempenhando «um papel muito importante na monitorização remota de doentes crónicos» e na «colmatação da falta de resposta» das unidades de saúde
De acordo com os resultados, que o Público antecipou, «53% dos administradores consideram que a implementação da telessaúde é uma das prioridades da sua instituição», 96% referem «que ajuda a colmatar a falta de resposta» das unidades de saúde e ainda que o recurso a este sistema «promove uma melhor gestão da doença por parte dos doentes». Também para 96% dos administradores «a telessaúde desempenha um papel muito importante na monitorização remota de doentes crónicos».
O barómetro revela ainda que 87% dos hospitais do SNS que responderam ao inquérito têm pelo menos um projeto nesta área, sendo a maioria telerrastreios e teleconsulta.
Quanto a barreiras na adoção da telessaúde, as infraestruturas tecnológicas desadequadas representam 61% das respostas, seguindo-se a baixa literacia nesta área e a falta de motivação dos profissionais.
Já os projetos de inteligência artificial ainda não chegaram a metade das instituições de saúde em Portugal (apenas 47% das instituições afirmam ter projetos nesta área).
No top 3 dos projetos em fase piloto ou implementados estão iniciativas relacionadas com a transcrição de voz, agendamento de consultas ou cirurgias e interpretação de informação dos processos clínicos.
Mais uma vez, a falta de infraestruturas adequadas é apontada como uma barreira, bem como a ausência de cientistas de dados.
19tm23g
04 de Junho de 2019
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Publicada originalmente em www.univadis.pt
Infraestruturas desadequadas e baixa literacia são uma barreira à telessaúde