Recomendação da vacinação antipneumocócica pela SPEDM
por Zózimo Zorrinho | 13.07.2020
Movimento Doentes Pela Vacinação congratula-se com a indicação
«Foi com enorme satisfação que o Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) recebeu a notícia da recomendação oficial da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM) a todos os adultos com Diabetes», diz a organização em comunicado.
Recorde-se que em concordância com a Direcção-Geral da Saúde (DGS), a SPEDM considerou que este grupo «corre risco acrescido de contrair infeções graves e potencialmente fatais como a sepsis, a meningite ou a pneumonia, e que por isso deve ser vacinado».
Alguns números:
--uma pessoa com diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair pneumonia;
--um doente com pneumonia que tenha diabetes fica internado, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença.
A mortalidade, nestes casos, também é superior.
Pode consultar as recomendações aqui.
A decisão da SPEDM «baseou-se no risco acrescido que pessoas com Diabetes apresentavam em contrair pneumonia e outras formas graves de doença invasiva pneumocócica, no elevado risco de mortalidade, nas potenciais sequelas e nos próprios custos dos tratamentos».
Sabemos que a diabetes diminui as defesas do hospedeiro e que cria condições para a infeção por bactérias como o pneumococo.
«Um estudo a 4 anos (2009 a 2012) revelou que a prevalência da diabetes nos doentes internados com pneumonia, uma das formas mais graves e comuns da doença era, no mínimo, o dobro a duas vezes e meia, quando comparada com a população que não sofria da doença».
O mesmo estudo revelou que pequenos aumentos da incidência de diabetes estavam associados a um aumento mais significativo da prevalência da pneumonia na população internada, e que um doente com pneumonia que também sofresse de diabetes ficava, em média, mais um dia internado do que um indivíduo sem a doença.
Também a mortalidade se revelou superior nestes casos.
De 13,5% registada nas pessoas sem diabetes, passava para 15,2% nas que tinham ambas as morbilidades.
Ou seja, provou-se que «as pessoas com diabetes morrem mais de pneumonia e que, mesmo quando sobrevivem, o seu internamento é mais prolongado».
A vacinação, segundo a fundadora e dirigente da MOVA Isabel Saraiva, também presidente da Respira, «é a forma mais eficaz de prevenirmos esta e outras doenças graves e está agora recomendada pela SPEDM».
«É fundamental sensibilizar as pessoas. Dotá-las de conhecimento. Sabemos que 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a Pneumonia, e que a maioria não o faz por falta de aconselhamento médico».
«Trabalhamos, diariamente, para inverter esta tendência e contribuir para a melhoria da esperança e da qualidade de vida da população.
Tomadas de posição como esta da SPEDM são excelentes notícias, fundamentais para a redução da mortalidade por doenças preveníveis por vacinação», conclui Isabel Saraiva, presidente da Respira e fundadora do MOVA.
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Fontes:
*Diabetes – Poster ERS 2015: Prevalence and impact of Diabetes mellitus (DM) among hospitalized community-acquired pneumonia (CAP) patients: Madalena Martins, PHD; Filipe Froes, MD; José M Boavida, MD; João F Raposo, PHD; Baltazar Nunes, PHD; Rogério T Ribeiro,, PHD; m Paula Macedo, PHD; Carlos Penha-Gonçalves, PHD. **PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos.
Disponível aqui.
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20ZZ39c
2029Pub2f20ZZ39c
Recorde-se que em concordância com a Direcção-Geral da Saúde (DGS), a SPEDM considerou que este grupo «corre risco acrescido de contrair infeções graves e potencialmente fatais como a sepsis, a meningite ou a pneumonia, e que por isso deve ser vacinado».
Alguns números:
--uma pessoa com diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair pneumonia;
--um doente com pneumonia que tenha diabetes fica internado, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença.
A mortalidade, nestes casos, também é superior.
Pode consultar as recomendações aqui.
A decisão da SPEDM «baseou-se no risco acrescido que pessoas com Diabetes apresentavam em contrair pneumonia e outras formas graves de doença invasiva pneumocócica, no elevado risco de mortalidade, nas potenciais sequelas e nos próprios custos dos tratamentos».
Sabemos que a diabetes diminui as defesas do hospedeiro e que cria condições para a infeção por bactérias como o pneumococo.
«Um estudo a 4 anos (2009 a 2012) revelou que a prevalência da diabetes nos doentes internados com pneumonia, uma das formas mais graves e comuns da doença era, no mínimo, o dobro a duas vezes e meia, quando comparada com a população que não sofria da doença».
O mesmo estudo revelou que pequenos aumentos da incidência de diabetes estavam associados a um aumento mais significativo da prevalência da pneumonia na população internada, e que um doente com pneumonia que também sofresse de diabetes ficava, em média, mais um dia internado do que um indivíduo sem a doença.
Também a mortalidade se revelou superior nestes casos.
De 13,5% registada nas pessoas sem diabetes, passava para 15,2% nas que tinham ambas as morbilidades.
Ou seja, provou-se que «as pessoas com diabetes morrem mais de pneumonia e que, mesmo quando sobrevivem, o seu internamento é mais prolongado».
A vacinação, segundo a fundadora e dirigente da MOVA Isabel Saraiva, também presidente da Respira, «é a forma mais eficaz de prevenirmos esta e outras doenças graves e está agora recomendada pela SPEDM».
«É fundamental sensibilizar as pessoas. Dotá-las de conhecimento. Sabemos que 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a Pneumonia, e que a maioria não o faz por falta de aconselhamento médico».
«Trabalhamos, diariamente, para inverter esta tendência e contribuir para a melhoria da esperança e da qualidade de vida da população.
Tomadas de posição como esta da SPEDM são excelentes notícias, fundamentais para a redução da mortalidade por doenças preveníveis por vacinação», conclui Isabel Saraiva, presidente da Respira e fundadora do MOVA.
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Fontes:
*Diabetes – Poster ERS 2015: Prevalence and impact of Diabetes mellitus (DM) among hospitalized community-acquired pneumonia (CAP) patients: Madalena Martins, PHD; Filipe Froes, MD; José M Boavida, MD; João F Raposo, PHD; Baltazar Nunes, PHD; Rogério T Ribeiro,, PHD; m Paula Macedo, PHD; Carlos Penha-Gonçalves, PHD. **PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos.
Disponível aqui.
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Recomendação da vacinação antipneumocócica pela SPEDM