Rui Cernadas| 23.06.2015
“Suponhamos…”
“Suponhamos” que o País em que vivemos atinge o desiderato supremo e sagrado de a cada português atribuir um médico de família! Ainda que esse português não o queira, não o solicite, não mexa uma palha por isso, não utilize, não conheça, nem queira conhecer…
“Suponhamos” que, nesse caso de tão vil desprezo ou quiçá desinteresse, com uma oferta igual ou superior à procura, até pode o Estado – que de nós toma conta e vela zelosamente – pensar em legislar ou contra-ordenações ou multas aos cidadãos e contribuintes que, profanamente, insistam em não querer ou não usar aquele direito.
“Suponhamos” que, em nome dos mais elevados princípios democráticos, aliás já seguidos em alguns países, se torna obrigatório o exercício do direito e dever de votar, depois por cá imitado no tocante à ida ao médico de família…
“Suponhamos” que, em nome dos mais elevados princípios democráticos, aliás já seguidos em alguns países, se torna obrigatório o exercício do direito e dever de votar, depois por cá imitado no tocante à ida ao médico de família…
“Suponhamos” que, de repente como agora parece ter acontecido, sabe-se lá porque artes do Divino, todos no país em que nos situamos e respiramos, ficam por vontade suprema, organizados em termos de SNS em unidades de saúde familiar, as USF…
“Suponhamos” que alguns milhares de profissionais de saúde que não se revêem no modelo de organização e de trabalho em USF, nesta altura por lei de natureza voluntária e opcional, são compelidos a irem ou integrarem essas USF…
“Suponhamos” que, assim, de uma assentada despachamos por inteiro o assunto: médicos de família para todos e USF para tudo…
“Suponhamos” que esta
“Suponhamos…”