laringe, esófago, bexiga, pâncreas e rim, bem como uma possível relação com cancro da mama em mulheres na pré-menopausa;
- Densidade Óssea e Risco de Fraturas: Risco aumentado de osteoporose e fratura do colo do fémur;
- Gravidez: Mulheres fumadoras com maior risco de aborto espontâneo, parto prematuro, mal-formação fetal, filhos com baixo peso à nascença ou com graves problemas de saúde;
Existem ainda várias patologias que são mais frequentes nas fumadoras e que podem influenciar a qualidade de vida como a depressão, os cálculos biliares, a úlcera péptica, a doença periodontal e cataratas.
Do ponto de vista estético, o envelhecimento precoce da pele, o aparecimento de manchas nos dentes, escurecimento dos dedos e das unhas e enfraquecimento do cabelo são consequências a ter em conta.
Além destes aspetos, não podemos esquecer o impacto económico negativo do tabagismo na saúde, ao desviar recursos que deveriam ser utilizados com alimentação ou educação.
Por todas estas razões, o controle do tabagismo tornou-se uma questão crítica da saúde feminina, sendo fundamental não só a promoção de medidas preventivas do início do consumo, como também da cessação tabágica nas mulheres com dependência.
No processo de parar de fumar tem que ser tido em consideração a dificuldade acrescida das mulheres em relação aos homens por uma metabolização mais rápida da nicotina, apresentarem sintomas de privação mais graves, incidência mais elevada de depressão e pelos seus padrões de tabagismo (fumar na resposta ao stress, depressão, afeto negativo).
08 de Março de 2019
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*Pneumologista, representante da Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Tabaco: Uma importante ameaça à saúde das mulheres